quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Confraternizações

O ser humano é regido por referências cruzadas que o induzem a mudar seu comportamento. Sejam os períodos naturais das fases da vida, como a infância, juventude, adolescência, maturidade e/ou velhice; ou por períodos de tempo como os determinados por signos, entre tantos outros. Isto de forma individual. Pois quando pensamos num consciente coletivo, as comemorações afetam ainda mais este ser tido por racional.
Imaginemos por exemplo datas como carnaval, páscoa, finados ou natal. Em cada fração do ano parece que somos induzidos a termos comportamentos extremos.
Foi pensando nisto que analisei de forma livre a demagogia hipocrita de algumas situações. Por exemplo, o que é certo ou errado? Tudo depende de referências culturais, emocionais, situacionais ou modais. Fico abismado com a influência das mídias no comportamento da moda.
Claro que todas estas tendências são manipuladas para atender a vaidade de uns ou outros e tudo o que sobrar acaba sendo massa de manobra.
No fim de ano é comum fazermos balanços de todos os tipos. Criamos projetos para o ano seguinte e a sensibilidade com o próximo é produto de vendas do mercado. Imagens de um "Papai Noel" estilizado assusta qualquer um. Pois sua imagem hoje é um tanto errada para um mundo que clama por dietas e cores em tons pasteis.
Somente quem parou para pensar irá entender que os presentes não podem ser a alma do Natal, pois o espirito da epóca deveria ser a fé e não o consumo. Afinal se comemora o nascimento do maior líder religioso da humanidade. É uma questão de reflexão... independente da religião que cada um possa ter escolhido.
Por um dia tentamos atuar como bons samaritanos e abraçar até desconhecidos. Porém o mundo moderno é impessoal e cibernético. Não usamos o contato fisico para iniciarmos os novos relacionamentos. Tudo acontece pela tela que chamamos de web.
Muitos hábitos e profissições deixaram de existir e outras surgiram como estrelas cadentes. Neste caso, as confraternizações já não podem mais serem vistas como um mero encontro para troca de presentes em um amigo oculto. Pois o ato da surpresa não existe, escohemos e manipulamos nossos presentes.
Por alguns instantes pode ter parecido que acordei amargo, muito pelo contrário. Valorizo sempre o ser humano, ainda que este esteja num sinal tentando sua sorte, ou na mulher maltrapilha que vasculha o lixo em busca de soluções.
Queria dizer que a vida não é dividida por classes sociais, mas sim por momentos emocionais. Também sou capaz de erros, falhas, mesmo sendo um escritor. Meus personagens também erram... e alguns deles até me ajudam a me corrigir. Neste período de confraternização trago à luz da insanidade a realidade de termos esquecidos pequenos valores como o sorriso e o olhar direto, olho a olho.
Achei justo dividir meus votos de confraternização com meus leitores, meus amigos virtuais e com os mecanismos de busca. Afinal é a internet o novo salão de festas que decoramos com e-motions para receber convidados. Um brinde ao novo, aos desconhecido e aos desafios.

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